quinta-feira, 28 de junho de 2012

Poema de Um Verso Só



Hoje, senti o som sombrio da solidão...

Carlos Bianchi de Oliveira
Março de 2004

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sem Voz




Pergunto-me às vezes
Por que me silencio
Diante do torvelinho
De tuas insanas preces,

E não encontro respostas.

Pergunto-me também
Por que sou bravio
Diante do teu silêncio
Conclusivo de amém,

E me condeno.

Pergunto-me ainda
Por que hesito
Diante do teu afeto
De candura emanada,

E derramo lágrimas
[silenciosas].

Carlos Bianchi de Oliveira



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Espera




Segue a angustiante espera
Como nas histórias de amor,
Em que o instante se eterniza
E a esperança esmorece
Ante ao opressor.

Segue o silêncio moribundo,
Sem mundo interior.
E a ferrugem da paciência,
Que corrói da luz o brilho,
Eleva todo o torpor.

Segue a loucura humana,
Na partitura insensata e insana,
Que, sem razão, acredita
E grita desesperadamente
Diante da verdade que emana.

Segue a dor fatídica dos fatos,
Sentida, sofrida, imensurada, inexplicada.
O sono, que embriaga,
Traz o alívio da realidade
Que sonha até ser novamente despertada.

Carlos Bianchi de Oliveira

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Luz e Sombra



Tem certas coisas que falam
No mais profundo silêncio
E docemente nos calam.

Veja a luz, ah! a luz!
Que exalta o vício
 Da sombra fugaz

E toca no fundo da alma
Maniqueísta da gente humana,
Expondo-a de forma branda e calma.

Suas verdades e seus segredos
Sentidos na intensidade que emana
Das memórias e dos reprimidos medos.

Carlos Bianchi de Oliveira